Batman, Homem-Aranha e cia.
Os melhores e os piores filmes de super-heróis
As aventuras de personagens dos quadrinhos no cinema nem sempre dão certo. São inúmeras as versões para o cinemas, sempre atraindo inúmeros fãs, afixionados pelos quadrinhos, mas nem sempre fazem jus ao desempenho dos folhetos em quadrinhos.
Os melhores
“Superman — O Filme” (1978)
'Superman – O Filme' (1978): A
adaptação se tornou um clássico do gênero. Christopher Reeve deu vida ao
tímido repórter Clark Kent e protagonizou cenas improváveis. Na mais
fantástica delas, o herói voa em alta velocidade na órbita terrestre,
fazendo o planeta girar em sentido inverso e o tempo voltar. Tudo para
salvar sua amada Lois Lane. O filme concorreu a três prêmios Oscar:
edição, trilha sonora e som.
“Darkman — Vingança sem Rosto” (1990)
'Darkman – Vingança sem Rosto' (1990):
Antes de filmar as aventuras do Homem-Aranha, o diretor Sam Raimi
escreveu e dirigiu essa bem-sucedida fita sobre um cientista que, após
ter a pele queimada por bandidos, busca vingança. O filme agradou os fãs
de ação e contou com um elenco afiado, liderado por Liam Neeson e
Frances McDormand.
“Batman – o Retorno” (1992)
'Batman – o Retorno' (1992): Segundo
filme do homem-morcego realizado por Tim Burton, foi indicado ao Oscar
de efeitos especiais e maquiagem. O ponto alto são os vilões: Danny
DeVito ficou irreconhecível como Pinguim e Michelle Pfieffer, por sua
vez, realizou uma atuação insuperável como Mulher-Gato.
“X-Men — O Filme” (2000)
'X-Men – O Filme' (2000): A primeira
incursão dos mutantes no cinema não deixou a desejar. Dirigida por Brian
Singer, acertou no elenco, com Halle Berry como Tempestade e Hugh
Jackman no papel de Wolverine. Sir Ian McKellen também se destacou como o
vilão Magneto.
“Homem-Aranha 2” (2004)
“Hellboy” (2004)
'Hellboy' (2004): Guillermo del Toro
recusou a direção do terceiro episódio da cinessérie Harry Potter para
trabalhar neste filme. O resultado foi positivo: da bem-cuidada direção
de arte, passando pelas atuações até o enredo convincente, Del Toro
conseguiu realizar um bom longa e ser fiel ao personagem criado por Mike
Mignola. Os fãs gostaram, e o diretor repetiu a dose em 2008.
“Batman — O Cavaleiros das Trevas” (2008)
'Batman – O Cavaleiros das Trevas'
(2008): Depois de duas adaptações desastradas, assinadas por Joel
Schumacher, Christopher Nolan ressuscitou o herói mascarado em grande
estilo. O primeiro filme de uma trilogia imaginada pelo diretor, 'Batman
Begins', foi lançado em 2005. O segundo episódio, 'O Cavaleiro das
Trevas' (2008), por sua vez, superou todas as expectativas. O maior
responsável por isso foi Heath Ledger, cuja interpretação visceral do
vilão Coringa lhe valeu um Oscar póstumo – o ator morreu meses após o
término das filmagens, vítima de uma overdose. O terceiro filme, 'O
Cavaleiro das Trevas Ressurge', chega aos cinemas no próximo dia 27.
“Watchmen” (2009)
'Watchmen' (2009): Zack Snyder tem
gosto por adaptações dos quadrinhos. Antes de 'Watchmen', ele realizou
'Sin City' (2005) e '300' (2006) – não muito bem-sucedidos. O filme
agradou aos fãs em razão da fidelidade à história original e aos
excelentes efeitos especiais, que simulavam os traços de uma HQ.
“X-Men: Primeira Classe” (2011)
'X-Men: Primeira Classe' (2011) Se os
filmes anteriores dos X-Men não repetiram o êxito do primeiro episódio,
de 2000, 'X-Men: Primeira Classe' redimiu os heróis mutantes contando a
sua origem. O diretor Matthew Vaughn acertou, sobretudo, no elenco, no
roteiro, e na recriação de época, já que a ação se passa durante a
Guerra Fria.
Os piores
“O Justiceiro” (1989)
'O Justiceiro' (1989): O personagem de
Frank Castle, que tem a família assassinada por bandidos e decide fazer
justiça com as próprias mãos, já ganhou algumas adaptações para o
cinema – nunca bem-sucedidas. O maior problema desse longa está no
elenco, encabeçado pelo brutamontes Dolph Lundgren. Sua atuação limitada
acabou tornando superficial o drama do complexo protagonista.
“O Fantasma” (1996)
'O Fantasma' (1996): O diretor Simon
Wincer tentou ressuscitar o herói criado na década de 1930. Não deu
muito certo – sobretudo por causa do roteiro frouxo e das atuações
apáticas de Billy Zane e Catherine Zeta-Jones. Os estranhos figurinos
também contribuíram para que o filme não fizesse um grande sucesso.
“Batman e Robin” (1997)
'Batman e Robin' (1997): O diretor
Joel Schumacher fez uma versão quase carnavalesca do homem-morcego em
'Batman Eternamente' (1995), mas se superou com a continuação, 'Batman e
Robin'. Das atuações canastronas aos vilões risíveis – Hera Venenosa
(Uma Thurman) e Senhor Frio (Arnold Schwarzenegger) –, o filme foi um
completo fracasso. E também um verdadeiro mico na carreira de George
Clooney, obrigado a usar um dos uniformes mais cafonas já feitos. Os fãs
de quadrinhos preferem esquecer.
“Spawn, o Soldado do Inferno” (1997)
'Spawn, o Soldado do Inferno' (1997):
Criado por Todd McFarlane na década de 1990, Spawn é uma espécie de anjo
infernal, saído de uma HQ de sucesso voltada para adultos. Rapidamente,
o herói foi levado para o cinema. Mas a história dos quadrinhos era
complexa demais, e o filme ficou incoerente, cheio de efeitos especiais
pouco convincentes. Nem os mais fanáticos aprovaram.
“Hulk” (2003)
'Hulk' (2003): O diretor Ang Lee, de
filmes contemplativos e sensíveis como 'O Tigre e o Dragão' (2000), foi
escalado para dar densidade ao super-herói verde. Assim, a ação deu
lugar ao drama psicológico de Bruce Banner (Eric Bana), o que deixou os
fãs do quadrinho bastante descontentes. Cinco anos depois, o herói
retornou aos cinemas, agora pelas mãos de um diretor de filmes de ação:
Louis Leterrier (de 'Fúria de Titãs', 'Carga Explosiva', entre outros), e
teve melhor aceitação do público.
(Foto: Reprodução)
“Mulher-Gato” (2004)
'Mulher-Gato' (2004): Ninguém engoliu
Halle Berry no papel de uma tímida artista que à noite veste um uniforme
para desvendar um crime industrial. E a atriz, vencedora do Oscar de
melhor atriz por 'A Última Ceia' (2001), não foi a única entrar nessa
roubada: Sharon Stone interpretou a vilã, uma inescrupulosa criadora de
cosméticos. Uma verdadeira bomba.
“O Quarteto Fantástico” (2005)
'O Quarteto Fantástico' (2005): Apesar
do bom elenco e dos efeitos especiais acima da média, a trama com
Senhor Fantástico (Ioan Gruffudd), Mulher Invisível (Jessica Alba),
Tocha Humana (Chris Evans) e Coisa (Michael Chiklis) não agradou aos
fãs. Faltou uma dose maior de ação e humor à fita de Tim Story, que
repetiu a dose alguns anos depois, juntando o Surfista Prateado ao
Quarteto Fantástico. Esse segundo filme também não foi muito bem
aceito.
“Motoqueiro Fantasma” (2007)
'Motoqueiro Fantasma' (2007): Entre as
diversas roubadas em que Nicolas Cage já se meteu, está a adaptação
para o cinema do herói criado na década de 1970. É também outra versão
infeliz dos quadrinhos para o cinema assinada pelo diretor Mark Steven
Johnson, que já havia realizado 'Demolidor – O Homem Sem Medo' (2003).
Mesmo com problemas no roteiro e atuações precárias, o filme foi bem nas
bilheterias. Neste ano, ganhou uma continuação que conseguiu ser ainda
pior.
“Lanterna Verde” (2011)
'Lanterna Verde' (2011): Ryan Reynolds
não convenceu no papel de Hal Jordan, piloto de avião que recebe um
anel de um alienígena moribundo e se torna o Lanterna Verde. O
personagem também foi pouco explorado pelo roteiro – que mais parecia
uma versão requentada de outros longas de heróis. Os fãs ficaram
descontentes logo com o primeiro trailer liberado, e não deu outra: o
filme fracassou nas bilheterias.
(Foto: Divulgação)
“Lanterna Verde” (2011)
“O Besouro Verde” (2011)
'O Besouro Verde' (2011): Outro filme
que desagradou os fãs dos quadrinhos. Embora levado ao cinema pelo
francês Michel Gondry – do ótimo 'Brilho Eterno de uma Mente Sem
Lembranças' –, o longa não decolou sobretudo por causa do protagonista:
Jay Chou, que além do inglês ininteligível realizou uma atuação
sofrível, para dizer o mínimo.
Capitão América - 1990
Para completar, vamos falar da Versão de Capitão América produzida em 1990 que representa mais ou menos como eram os filmes de super-heróis, pois mais ou menos de 2000 para cá, "filme de super-herói" é sinônimo de
produção caríssima, diretores consagrados e astros de primeira linha. O que nem sempre foi assim. Por exemplo, se voltarmos 20 anos no
tempo, entre o fim da década de 80 e começo de 90, quase todo filme de
super-herói tinha produção paupérrima, além de ser voltado
exclusivamente ao público infantil, sem grandes diretores, grandes
astros e muito menos grandes orçamentos. Em tal universo, o famoso "Batman" feito por Tim Burton em 1989 foi uma
exceção - uma superprodução com explosiva campanha de marketing e atores
famosíssimos.
Este "Batman" de 89 foi uma exceção porque o fracasso financeiro de
"Superman 4 - Em Busca da Paz" (1987) deixou os grandes estúdios
receosos de investir nos filmes do gênero. É só comparar os números de
algumas adaptações de heróis das HQs daquela época: "As Tartarugas
Ninja", de 1990, custou 13,5 milhões de dólares; "O Justiceiro", de
1989, US$ 10 milhões; "Rocketeer", de 1991, US$ 9,6 milhões, e o
famigerado "Quarteto Fantástico", produzido por Roger Corman em 1994 e
nunca lançado comercialmente, custou a merreca de US$ 1,5 milhão de
dólares!
Não sei quanto foi o orçamento de CAPITÃO AMÉRICA,
mas, pelo que se vê na tela, o montante financeiro era irrisório, para
não dizer inexistente. Percebe-se também que a coisa custou pouco quando
você vê o nome de Albert Pyun, nos créditos iniciais, como diretor.
Afinal, o sujeito é conhecido por comandar tranqueiras a custo zero,
como "Dollman - 33 cm de Altura... e Atira", e considerado, por muitos,
um dos piores cineastas de todos os tempos
A bem da verdade, o pobre Capitão passa o filme inteiro tomando tiros e
apanhando, e chega a fugir de bicicleta (!!!) de uma meia dúzia de
capangas! Poderiam até adaptar aquela clássico musiquinha do
Homem-Aranha, do "nunca bate e só apanha", colocando o Capitão América do Pyun no lugar!
Discordo que o filme O Justiceiro com Dolph Lundgren de 1989 tenha sido ruim, nem que a atuação dele tenha sido medíocre... é no mínimo ridículo um absurdo desse!! Corrijam isso aí pra melhor dos melhores filmes da humanidade. Com máxima urgência, sim!!
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